O dia em que me dei conta de que a casa estava ficando vazia
Mesmo sem abrir mão da minha vida — trabalhando, sonhando, liderando uma empresa e vivendo intensamente — me vi, de repente, diante do ninho vazio. Meus filhos seguiram seus caminhos, meu marido está em outra cidade, e a casa cheia de vida se tornou silenciosa. Não deixei de ser ativa, nem me anulei. Mas o vazio chega sem pedir licença, e não importa quantos projetos você tenha: ele dói. Dói porque tudo muda — o ritmo, a rotina, os sons, os cheiros. E, dentro de mim, algo também começou a mudar. Esse novo começo não tem manual. Pode ser confuso, solitário, mas também pode ser libertador. Não estou aqui pra romantizar, mas pra dizer que tá tudo bem sentir. Tá tudo bem se emocionar, se perder, se perguntar o que vem agora. Porque, apesar de tudo o que já vivi, percebi que ainda tenho muito por viver. E isso também é bonito. É a chance de me escutar, me redescobrir, e seguir — com mais presença, coragem e calma. O vazio não precisa ser o fim. Pode ser o começo de uma nova versão de mim mesma.
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